A SALA DE MÚSICA É UM PROJETO ELABORADO E EXECUTADO EM PARCERIA COM OS ARQUITETOS JOÃO CARLOS ANDRADE E WALLACE CHAGAS, PARA A MOSTRA MORAR MAIS POR MENOS-VITÓRIA 2018. ESTE PROJETO FOI O VENCEDOR NA CATEGORIA SUSTENTABILIDADE, SENDO O PRÊMIO MAIS IMPORANTE DO EVENTO. O PROJETO FOI INSPIRADO NO NORDESTE, CELEIRO MUSICAL DO BRASIL, E SUA ESSÊNCIA E MUSICALIDADE ESTÃO PRESENTES EM TODAS AS PAREDES E ELEMENTOS ELABORADOS E EXEUTADOS PELA EQUIPE DE ARQUITETOS.
NESTE ESPAÇO TEMOS A PRESENÇA DE UMA TRADICIONAL TÉCNICA CONSTRUTIVA UTILIZADA NAS RESIDÊNCIAS NORDESTINAS, O PAU-A-PIQUE OU TAIPA DE MÃO, EXECUTADA PELOS PRÓPRIOS ARQUITETOS. ESTA PAREDE FOI EXECUTADA DA FORMA TRADICIONAL, BARRO SOCADO E TRAMA DE BAMBU, QUE ALÉM DE REMETER À REFERÊNCIA DO NORDESTE, TEM A FUNÇÃO DE REFORÇAR O USO DO ESPAÇO COMO SALA DE MÚSICA POIS A PAREDE, COM SEU DESENHO IRREGULAR E MATERIAL, PROPICIA UMA MELHOR ABSORÇÃO DO SOM.
O PALCO EM FORMATO DE PIANO DE CALDA, FOI FEITO COM MADEIRA DE PALETES. O SEU PISO REMETE AOS ASSOALHOS USADOS NAS CONSTRUÇÕES NORDESTINAS ANTIGAS. O ESPELHO D'ÁGUA QUE PASSA ABAIXO DO PALCO, FAZ REFERÊNCIA AO RIO SÃO FRANCISCO. ESSA UNIÃO ENTRE PAREDE, PALCO E RIO, FAZ UM ESTUDO ENTRE A ARIDEZ DO SOLO NORDESTINO E A RIQUEZA DO RIO SÃO FRANCISCO, FONTE DE SUSTENTO PARA MILHARES DE FAMÍLIAS. NA PAREDE DE DESTAQUE, TEMOS 30 PLACAS COM CERCA DE 6.000 TOQUINHOS, SOBRAS DE MADEIRAS QUE IRIAM PARA O LIXO, COLADOS PEÇA POR PEÇA PELOS PRÓPRIOS ARQUITETOS. NO TETO, GALHOS DE UMA GOIABEIRA PARECEM FLUTUAR, TAIS GALHOS REMETEM A ESCASSEZ E DIFICULDADES QUE MUITAS FAMÍLIAS DAQUELA REGIÃO ENFRENTAM.